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ESG


Assim como as empresas que disponibilizam os serviços e produtos que consumimos, também as instituições financeiras passaram a ser pressionadas a considerar as questões socioambientais em suas atividades, notadamente a oferta de credito. É nesse contexto que surge a sigla ESG, que vem do inglês Environmental, Social and Governance e aparece pela primeira vez em 2004 em uma publicação conjunta entre o do Pacto Global da ONU e o Banco Mundial chamada "Who Cares Wins".

É digno de nota que a elaboração dessa publicação teve como ponto de partida a provocação do então secretário-geral da ONU, Kofi Annan, a 50 CEOs de grandes instituições financeiras endereçando a necessidade de integrar fatores sociais e ambientais no mercado de capitais,  o que ganhou ainda mais força com a publicação em 2006 dos “Princípios para o Investimento Responsável”, pressionando ainda mais fundos, gestoras e bancos a considerar critérios socioambientais em suas decisões de investimento e/ou oferta de crédito.


Em relação ao “Triple Bottom Line” de John Elkington (Pessoas, Planeta e Lucro), pode-se facilmente notar que as dimensões sociais e ambientais da sustentabilidade corporativa ou empresarial foram mantidas, sendo a dimensão “Lucro” substituída por “Governança”.


Isso se deveu ao fato de que as instituições financeiras são mestres em avaliação de riscos, para o que consideram entre os seus critérios de avaliação como uma empresa é gerida como um todo, ou seja, como é a sua governança. Assim, passou-se dar visibilidade à forma como as questões socioambientais são gerenciadas em uma empresa, mais especificamente se são consideradas junto com as demais necessidades do negócio, se estão no centro da agenda corporativa, ou se são negligenciadas à um segundo plano, olhando apenas pontualmente para resultados de alguns projetos que endereçam as questões sociais e ambientais. 

Avaliando no contexto histórico dos termos e conceitos correlatos apresentados anteriormente, pode-se depreender que a visão inerente a ESG é que se uma empresa tem boa governança e considera aspectos ambientais e sociais de forma consistente na condução de seus negócios,  tem maiores chances de ser bem sucedida financeiramente no século 21, o que é uma mensagem bastante objetiva para o mundo dos negócios. 


Novamente, assim como aconteceu com a Economia Circular (EC), não vemos na ascensão da ESG nenhuma novidade em termos de conceitos, métodos e ferramentas para auxiliar a busca pela sustentabilidade empresarial. No entanto, a exemplo do que aconteceu com a EC, a forma como a mensagem foi passada ao mundo dos negócios foi muito assertiva e eficaz, ao deixar claro que as empresas que negligenciarem os aspectos socioambientais na gestão de seus negócios deixarão de ser competitivas. 


Mas a final, qual é a relação entre sustentabilidade empresarial e ESG?

Bem, de forma simples, podemos olhar para ESG como uma versão atual do que propunha o “Triple Bottom Line” de John Elkington. 


Ou, melhor ainda, como disse Carlo Pereira, diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global: “ESG não é uma evolução da sustentabilidade empresarial, mas sim a própria sustentabilidade empresarial”.


Com a popularização da sigla, ela se tornou um acrônimo que faz alusão à forma como instituições pulicas e privadas estão gerenciando as questões socioambientais, passando a ser frequente falar em Agenda ESG para designar um conjunto de ações empreendidas por empresas que iniciarem ou estão iniciando sua jornada rumo a um novo jeito de fazer negócios. 


Por fim, destacamos a flexibilidade que a adoção da Agenda ESG oferece, pois as empresas tem total liberdade para definir como será sua atuação em cada um dos pilares, o que permite customização em função de seu ramo de atuação, incidência de regulações legais, desempenho da concorrência, nível de capacitação de times, etc. 


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