O Crescimento da Indústria Têxtil Catarinense e os Desafios para 2025
- ESGtex
- 22 de mar.
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O setor têxtil e de confecção de Santa Catarina teve um 2024 surpreendente. Enquanto o Brasil registrou crescimento modesto, o estado demonstrou uma capacidade impressionante de adaptação e expansão.

Os números não deixam dúvidas: a fabricação de produtos têxteis cresceu 7,1%, e a confecção de vestuário e acessórios avançou 10,3%, superando as médias nacionais de 4,8% e 3,9%, respectivamente.
Mas, o que impulsionou esse crescimento? Há três fatores principais: o aumento do consumo das famílias, a forte demanda do mercado interno e a capacidade da indústria catarinense de manter sua competitividade. O setor também teve um impacto significativo na geração de empregos formais, especialmente na produção têxtil, que criou 2.707 novas vagas.
Por outro lado, a confecção teve um saldo negativo de 707 postos de trabalho, um sinal de alerta para 2025. Esse dado indica que a automação, a necessidade de eficiência operacional e as mudanças no comportamento do consumidor estão pressionando a mão de obra tradicional.
O que esperar para 2025?
Se 2024 foi um ano de expansão, 2025 será um teste para a resiliência do setor. O crescimento econômico tende a desacelerar, o que pode impactar diretamente a demanda. Além disso, o aumento da concorrência global exige um movimento estratégico por parte das indústrias catarinenses.
A diferenciação será a chave para manter a competitividade. Empresas que investirem em inovação, materiais sustentáveis e digitalização da produção terão uma vantagem significativa no novo cenário. Mais do que nunca, será necessário consolidar práticas alinhadas às novas demandas do consumidor e aos padrões internacionais de eficiência e sustentabilidade.
O futuro da indústria da moda catarinense
A força da indústria têxtil catarinense não está apenas nos números, mas na capacidade de adaptação. O setor já provou que sabe antecipar tendências, absorver novas tecnologias e agregar valor aos seus produtos. Para manter essa trajetória de crescimento, o foco deve estar em três pilares essenciais:
Inovação e tecnologia: Automação inteligente, novos processos produtivos e digitalização para otimizar custos e aumentar a competitividade.
Materiais e processos sustentáveis: A demanda por produtos mais responsáveis só cresce, e quem não acompanhar essa tendência pode perder espaço.
Qualificação da mão de obra: O futuro da indústria passa pela capacitação de profissionais para atuar em um cenário cada vez mais dinâmico e tecnológico.
Os desafios de 2025 já estão no radar. O diferencial estará nas estratégias que cada empresa adotará para se posicionar neste novo ciclo. A indústria catarinense tem histórico de inovação e capacidade produtiva de ponta, mas precisará ir além para garantir sua relevância e crescimento sustentável nos próximos anos.
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