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Engenharia do Ciclo de Vida

No âmbito das engenharias, diversas abordagens começaram a ser desenvolvidas a partir da década de 90 visando fornecer arcabouço técnico para auxiliar as empresas a buscarem a sustentabilidade corporativa em suas operações, com destaque para a Engenharia do Ciclo de Vida (Life Cycle Engineering), conceito surgido em 1993 no âmbito da International Academy for Production Engineering

A Engenharia do Ciclo de Vida (ECV) engloba um conjunto de métodos e ferramentas que visam reduzir o impacto ambiental associado ao ciclo de vida dos produtos sem que suas funcionalidades originais e viabilidade econômica sejam comprometidas, sendo justamente essa orientação ao ciclo de vida dos produtos uma das principais contribuições da ECV, já que, até então, o foco das ações em redução de impactos ambientais era voltado à etapa em que os produtos são produzidos, ou seja, ou seu processo de fabricação (como é o caso da P+L). 

Assim, se hoje estamos familiarizados com a ideia de pensarmos os produtos em função do seu ciclo de vida e aceitamos que o impacto ambiental que ele causa é a soma dos impactos associados à todas às fases do seu ciclo de vida, devemos isso à ECV e seus métodos e ferramentas, com destaques para o Ecodesign (ou Design for Environment – DfE) e a Life Cycle Assessment (Avaliação do Ciclo de Vida - ACV). Enquanto a ACV dá visibilidade aos impactos ambientais do ciclo de vida de um produto (Environmental Hot Spots) baseado na visão “do berço ao túmulo” (cradle to grave), o Ecodesign busca soluções centradas no Processo de Desenvolvimento de Produtos (PDP), pois é durante essa fase que a maioria dos impactos ambientais são definidos. Em conjunto, ACV e Ecodesign representam ainda hoje a fronteira da inovação quando se fala em arcabouço técnico para o desenvolvimento de produtos e serviços alinhados à estratégias de sustentabilidade corporativa. 

Um outro aspecto de pioneirismo associado à ECV era a preocupação com a etapa de fim de vida dos produtos e a proposição de cenários para a gestão desse fluxo de materiais baseados em estratégias como de reuso, remanufatura e reciclagem, onde já era visível a preocupação com o “fechamento do ciclo de materiais”, visando que fossem mantidos em seu mais alto valor por mais tempo. 



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