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Desenvolvimento Sustentável (DS)


A definição original de DS é aquela que consta do relatório intitulado “Our Common Future” (“Nosso futuro Comum”) produzido em 1987 pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, da Organização das Nações Unidas (ONU), também conhecido como relatório Brundtland em homenagem à coordenadora dessa comissão à época, então primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland.



Nesse documento, o DS é apresentado como sendo um modelo de desenvolvimento capaz de atender as necessidades das atuais gerações sem comprometer a habilidade das futuras em atender suas próprias necessidades.


Tão ou mais importante do que a definição de DS em si é o fato de que esse relatório aponta o contraste entre a pobreza nos países do terceiro mundo e o consumismo dos países do primeiro mundo como a causa fundamental que impedia um desenvolvimento igualitário e origem de graves crises ambientais, sendo as mudanças climáticas apontada já àquela altura como uma das mais graves dessas crises. 



Por fim, embora o ano de 1987 seja mais diretamente associado ao DS, ressalta-se que esse conceito já vinha sendo “gestado” desde a década de 70, tendo como base o conceito do “Ecodesenvolvimento”, criado pelo sociólogo polonês Ignacy Sachs e apresentado na Primeira Conferência Mundial sobre o Homem e o Meio Ambiente promovida pela ONU em 1972, em Estocolmo, por Maurice Strong, secretário geral dessa conferência (Ignacy Sachs foi seu assessor nessa conferência). 




Retrocedendo ainda um pouco mais, são marcos nessa evolução histórica os livros "Primavera Silenciosa" de Rachel Carson, publicado em 1962 e “Os limites do crescimento” de Donela Meadows, publicado em 1972 pelo Clube de Roma e considerado o primeiro relatório a abordar abertamente os limites físicos do modelo de crescimento econômico vigente à época e, com pequenas variações, válido até hoje (o Clube de Roma foi fundado em 1968 pelo industrial italiano Aurelio Peccei e pelo cientista escocês Alexander King com o intuito de debater um vasto conjunto de assuntos como política, economia e meio ambiente). 


Dado à influência da ONU, esse novo conceito foi rapidamente incorporado a agenda política dos países e desde então passamos a nos referir à “Sustentabilidade” como sendo o resultado do Desenvolvimento Sustentável.

Na prática, esses termos passaram a ser tratados como sinônimos da busca por um modelo de criação e distribuição de riqueza (modelo de desenvolvimento econômico) que além de mais igualitário, seja também mais responsável e inclusivo com as pessoas e menos impactante ao meio ambiente. 


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